A eleição de Lula para Presidente do Brasil trouxe algum alívio para os europeus. Afinal de contas, Bolsonaro era visto como um extrema-direita perigoso e totalmente despreocupado com a preservação do Meio-Ambiente, especialmente com a floresta amazônica.
Ao longo do governo Bolsonaro houve um desmonte importante dos orgãos de fiscalização de desmatamento. Parcialmente motivado por questões ideológicas. Parte dos militares de extrema-direita sempre acreditaram no mote “Amazônia nossa”. Ao mesmo tempo também houveram motivações econômicas exatamente com a expansão do agronegócio.
Aí fica a pergunta no ar: Entre os governos Lula e Bolsonaro, qual o que teve mais desmatamento? Há essa reportagem do BBC que traz uma análise bem interessante sobre essa questão. Para ler, clique aqui.
Polarização Extremada continua
Se há um alívio por um lado, há uma preocupação por outro. Lula ganhou por uma pequena margem de diferença em relação ao Bolsonaro e desde de então não fez maiores esforços de apaziguar um país profundamente dividido pela polarização.
Isso também ficou claro durante a transição de governo, onde parte dos principais cargos na Esplanada dos Ministérios ficaram com os petistas. Uma certa desfeita com Marina Silva e Simone Tebet ambas fundamentais para a vitória do Lula através da Frente Ampla.
Ambos discursos de posse não houve sinalização de paz em um país profundamente dividido.
Presidente alemão na posse
O Presidente alemão Frank-Walter Steinmeier (SPD) esteve na posse do Lula e foi um dos poucos líderes europeus presentes.
Por parte da política exterior européia, há a ideia de que através do diálogo possa trazer conscientização de um tema, nesse caso, a preservação do meio ambiente como agenda junto com o novo governo brasileiro.
Aproveitando a viagem para o Brasil, Steinmeier visitou Manaus junto com a Ministra do Meio Ambiente Steffi Lemke (Verdes/Aliança 90). Os alemães tem um carinho muito especial com a natureza de modo geral.
Vale lembrar que o Presidente na Alemanha tem uma função totalmente representativa. Steinmeier pode até assinar acordos internacional, mas a palavra final sobre a política externa é do Primeiro-Ministro, Olaf Scholz (SPD).
Durante os quatro anos de governo Bolsonaro, praticamente todos os dias apareceram notícias relacionadas ao desmatamento ou queimadas na floresta amazônica, tanto na imprensa alemã como austríaca.
Depois de idas e vindas durante o governo de transição, Marina Silva (Rede) volta ao Ministério do Meio Ambiente. Ela já tinha sido Ministra no governo Lula 1 e depois no governo de Dilma Rousseff. Marina foi demitida após brigas com Dilma.
Europa preocupada com o vandalismo golpista bolsonarista
Vídeo no meu canal no You Tube