Ontem foi a eleição regional no estado da Baixa-Áustria. Uma eleição nesse estado austríaco corresponde a uma eleição no estado de São Paulo ou Minas Gerais. Só para dar uma idéia ao amigo leitor.
O partido conservador renovou a sua maioria absoluta, com sua canditada cabeça de lista Johanna Likl-Leitner, com 49,6% dos votos que corresponde a 29 mandatos no parlamento. Em segundo lugar, os sociais-democratas conseguiram 23,9% dos votos, 13 mandatos e o partido da extrema-direita ficou com 14,8% com 8 mandatos. Fonte do principal site de notícias da Áustria, o ORF.
Até aí, o resultado é considerado normal, já que o estado da Baixa-Áustria é conservador. Mas, o que movimentou a reta final da campanha foi o escândalo envolvendo o canditado do partido da extrema-direta Udo Landbauer. Membro de associação de estudantes de extrema-direita chamada Germania, cuja a sede se encontra na cidade de Wiener Neuestadt. Nessa sede foram encontradas um livro de músicas de cunho nazista.
Chuva de críticas, em cima do governo e vários questionamentos sobre as alas radicais do partido extrema-direita. O vice primeiro-Ministro Hans Christian Stracher tentou minimizar a situação, o próprio que esteve em um baile organizado pela extrema-direita, o Akademiker Ball, na última sexta-feira, onde também contou com uma manifestação bastante robusta a seu contra.
Ainda tem mais três eleições regionais na Áustria, que serviram de termômetro para o governo: Tirol no 25 de fevereiro, Karnten no 4 de março e Salzburg no 22 de abril.
Mas, a principal discussão na imprensa aqui atual é a seguinte: Será o que Kanzler Sebastian Kurz conseguirá controlar os grupos radicais da extrema-direita? E olha que o governo só completou um mês.
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