No último domingo, 29 de setembro, os austríacos escolheram o novo parlamento. O resultado não é nada de novidade, já que fazia meses que o partido da extrema-direita FPÖ estava na frente das intenções de voto para o parlamento. Sobre o assunto, clique aqui.
Os motivos já são velhos conhecidos, pelo menos aqui no Vida Europa, onde eu já vinha falando sobre isso. A insatisfação popular gerada ainda na pandemia de Covid19, principalmente com os lockdowns que gerou uma perda enorme de poder econômico. Muitos perderam emprego ou tiveram seus negócios seriamente fechados. Isso gerou inclusive grandes manifestações aqui em Viena. Inclusive,em uma dessas, eu estive para ver, clique aqui.
Redes sociais bem organizadas
Outra razão também que levou o FPÖ ao primeiro na lugar na eleição do parlamento austríaco foi a sua ótima presença nas redes sociais, especialmente entre os jovens. Sempre falando de forma direta com o eleitorado, sempre apontando os problemas cotidianos, com a inflação, por exemplo.
Agora, a grande pergunta é como será o próximo governo? Será Hebert Kickl, o cabeça de lista do FPÖ será realmente o Primeiro-Ministro da Áustria? Assistam a live que eu fiz, logo após o resultado anunciado, no Vida Europa, meu canal no You Tube:
Vale lembrar que vai demorar algumas semanas, quem sabe até alguns meses até um novo governo vir no país alpino, especialmente nessas circunstâncias.
Nesse momento, todos os partidos se recusaram a fazer coalizão com o FPÖ. Herbert Kickl é considerado extremista. Aqui no Vida Europa, eu vou seguir os próximos passos.
Quando se fala em extrema-direita na Europa. Isso significa os partidos que apreciam as ideias nazistas. No Brasil, uma boa parte da imprensa brasileira utiliza o termo extrema-direita para denominar toda oposição, o que está errado. Para entender essa terminologia, clique aqui.
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Adriana Ribeiro-Mayer 