O resultado das eleições de ontem para Presidente não foi para mim uma grande surpresa. Fazia tempo que eu já vinha comentando em vários posts aqui no blog sobre essa possibilidade, agora real.
Isso é fruto de anos de manipulação por grande parte da imprensa comercial, parte controlada por assessores de imprensa. O descaso dos políticos que faz anos ignorando a população brasileira, cansada de discursos vazios e meramente “ideológicos”. Uma polarização que só serviu, até agora para políticos oportunistas se perpetuarem no poder.
O fracasso da pesquisas
Os principais institutos de pesquisa, Datafolha e Ipec (ex-Ibope) apontavam uma suposta vitória do ex-Presidente Lula, PT, já no primeiro turno.
Lula (48,43%) ganhou, mas com uma pequena margem de manobra em cima do Presidente atual, Jair Bolsonaro, PL, (43,20%). No caso do estado de São Paulo, o erro ainda é mais grotesto. Pesquisas indicavam uma suposta vitória de Fernando Haddad, PT, (35,70%) contra Tarcísio, Republicanos, (42,32%).
Mais uma vez, essa tentativa de manipulação da imprensa comercial, em conjunto com a classe artística não funcionou, exatamente como aconteceu em 2018.
Quem ganhará?
Impossível prever. Infelizmente os chamados candidatos da terceira via, como Simone Tebet (MBD) ou Ciro Gomes (PDT) não conseguiram uma votação expressiva.
O que ficou claro também é que bancada do PL, partido de Bolsonaro cresceu no Senado, no total de 13 senadores. No Congresso, a bancada do PL também cresceu e quase no mesmo número de cadeiras do PT.
Isso significa que se Lula vier a vencer, ele terá muita dificuldade para governar e poderá até levar um possível impeachment.
De todas as maneiras, não há como prever algum tipo de vencedor. Há de aguardar a votação no segundo turno, no 30 de outubro.
Adriana Ribeiro-Mayer 