Tropas russas na Ucrânia

Ontem à noite, em pronunciamento à nação russa, o Presidente Vladimir Putin reconheceu as províncias ucranianas de Luhansk e Donezk como parte da Federação Russa. Ambas se encontram no leste da Ucrânia, fronteira com a Rússia e com minorias que falam russo.

A situação nesse região sempre foi caótica, desde de 2014 quando a Rússia anexou a Criméia, península que se encontra no Mar Negro. Nesse momento, o conflito teve mais de 14 mil mortos. Foi assinado um tratado de paz, em Minsk, capital da Bielorússia. Esse tratado, que foi chamado de “Tratado de Paz de Minsk” trouxe alguma estabilidade para a região.

Mas, nas últimas semanas, vários confrontos entre separtistas russos e exército ucraniano fez com que a região torna-se mais uma vez caótica. Também começou a correr várias informações de uma eminente invasão russa.

De lado europeu, o Presidente francês, Emmanuel Macron fez todos os esforços para evitar um conflito armado, o que seria muito ruim no continente. O Primeiro-Ministro Boris Johnson chegou a falar do “pior conflito desde do fim da Segunda Guerra Mundial”. A União Européia fez todos os esforços diplomáticos para evitar o conflito.

Depois de anunciar ambas províncias como parte da Rússia, Vladimir Putin assinou um decreto, em frente das câmaras, para enviar tropas russas para essa região.

O que a Rússia quer?

Faz semanas que a imprensa européia especula sobre os motivos que leveram Putin a tomar essa decisão. Também faz tempo que Putin fala da Ucrânia como parte da Rússia. Algo como nostalgia dos tempos da União Soviética.

Ao mesmo tempo, os russos não querem a adesão da Ucrânia como membro da OTAN. Essa organização foi criada em 1949 e tem como objetivo ajudar os países membros de uma possível ataque militar. Nesse caso de possíveis ataques dos soviéticos, já que era o começo da Guerra Fria entre Rússia e Estados Unidos.

Uma possível adesão da Ucrânia seria uma “ameaça” para os russos devido a sua proximidade com Moscou. A DricaRibas já escreveu sobre esse assunto, basta clicar aqui.

Especialistas também afirmam que uma suposta “influência” do Ocidente seria ruim. A Rússia enfrentou uma onda de protestos que levou o principal opositor russo, Alexei Navalny para a prisão.

Quais serão as consequências para a Europa?

Logo após os anúncios de Vladimir Putin, a União Européia e Estados Unidos anunciaram sanções. A primeira delas será restringir a Rússia de utilizar o sistema financeiro para pagamentos internacional, o sistema Swift. Mas, essa medida também poderia afetar países da Europa.

Outra sanção seria proibir a Rússia de exportar gás para a Europa. Isso seria um ponto sensível para vários países europes, incluindo a Áustria. O gasoduto “Nord Pipeline 2” já está pronto e levaria gás da Rússia diretamente para Alemanha e daí para ser distribuído para vários países europeus.

Com essa medida, isso poderia aumentar o preço da energia, especialmente do aquecimento que está muito alto. Sobre esse assunto, a DricaRibas também já escreveu sobre esse assunto. Basta clicar aqui.

Difícil prever quais serão os desdobramentos dessa crise. Uma coisa é certa, Putin é quem continuará dandos as cartas.

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