Alemanha: O gasoduto, os russos e o SPD

No conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a Alemanha se encontra em uma verdadeira saia justa. O partido do Primeiro-Ministro, Olaf Scholz, o SPD tem relações estreitas com a Rússia e especialmente, o ex-Primeiro-Ministro Gerhard Schröder (SPD). Ele foi Primeiro-Ministro da Alemanha entre 1998 até 2005, o antecessor de Angela Merkel (CDU).

Poucos dias depois de deixar seu cargo como Kanzler, Schröder assumiu o cargo de chefe do Conselho Supervisor da Gas-Pipeline-Firma Nord Stream. Parte do SPD se enfureceu. Essa é a empresa responsável pela construção do gasoduto “Nord Stream 2 – Pipeline”. Esse gasoduto transportará gás diretamente da Rússia para a Alemanha e depois será distribuído para a Europa.

Recentemente, Schröder foi nomeado para o Conselho Supervisor da Gazprom. Essa empresa é uma das principais da Rússia e tem relações estreitas com o governo russo.

Em em uma entrevista recente ao canal alemão ZDF, um dos principais canais da Alemanha, Scholz afirmou quem é o Kanzler é ele, em uma espécie de recado para o seu partido.

Mas, Schröder não é o único, considerado o “representante russo” do SPD. A governadora do estado de Mecklenburg-Vorpommern, Manuela Schwesig vem dado declarações para a imprensa alemã falando da necessidade de se colocar o gasoduto em funcionamento, “imediatamente”.

Gás, uma forma de fazer pressão com os europeus

O estado de Mecklenburg-Vorpommern se encontra no norte da Alemanha. Em Lubmin, um vilarejo no Ostsee é a porta de entrada para o gasoduto “Nord Pipeline 2”. Para evitar possíveis sanções dos Estados Unidos, a Nord Stream 2 AG não é uma empresa e sim uma fundação, mesmo ela sendo subsidiária da Gazprom da Rússia.

Uma espécie de “compra” de ex-políticos europeus não é somente especialidade alemã. Aqui na Áustria, o caso mais emblemático é do ex-Primeiro-Ministro Christian Kern, do Partido Social-democrata da Áustria (SPO) é outro exemplo. Ele é membro do Conselho Superior das Linhas de Ferro da Rússia.

Outras formas de energia

O problema da produção de energia é antigo. Durante a pandemia se intensifcou. Vei a crise climática e agora com o conflito da Ucrânia se intensificou. O preço do aquecimento e da gasolina está na alturas.

A França por exemplo, resolveu construir usina nucleares para ser independe do ponto de vista energético. Mas, aí vem o problema do lixo nuclear. Nesse caso, o gás é menos poluente.

No mundo germanofono, usinas nucleares são um verdadeiro tabu. Tanto assim, que na Áustria, uma usina chegou a ser construída e não foi colocada em uso, em Zwentendorf, no estado da Baixa-Áustria.

De todas as maneiras, esse conflito ainda está longe de ser resolvido. Nesse momento, o Kanzler Olaf Scholz (SPD) se encontra em Moscow para conversar sobre um possível acordo de paz e evitar que a Rússia invada a Ucrânia.

As informações são desencontradas. Cada um afirma “algo”. A única coisa que é certa é que Vladimir Putin é quem dá as cartas.

4 comentários em “Alemanha: O gasoduto, os russos e o SPD

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