O governo austríaco anunciou as novas medidas de contenção do vírus que entrarão em vigor, a partir do 15 de setembro. Ao contrário das medidas anteriores, o que que será usado como base é a taxa de ocupação dos hospitais. Nas medidas anteriores, o que era usado era a taxa de incidência de infectados, para cada 100 mil habitantes.
Desde de que a vacina chegou, o quadro mudou bastante, aqui na Europa. A vacina tem mostrado a sua efetividade, especialmente na diminuição do número de mortes. Por outro lado, a Pandemia ainda não se encontra sobre controle, especialmente por conta das mutações. A variante Delta é especialmente muito infecciosa. De acordo com dados do AGES – a Anvisa austríaca mostram que número de infectados é maior justamente na faixa etária mais jovem, onde há mais resistência para a vacinação.
Falta convencer o povo
A Áustria se encontra abaixo da média de vacinação européia, com 61,7%. A média européia é de 64,6%. Na Europa, o país que mais vacinou é Portugal com 85,2%. Para acessar todos esses números, clique aqui.
O governo tem enfrentado problemas para convencer a população para, finalmente retirar as restrições e voltar a vida normal, de antes da Pandemia. Um dos maiores problemas são as teorias de conspiração, amplamente difundidas pelas redes sociais. Especialistas também consideram que as campanhas governamentais não são suficientes e que precisava de mais esforço do governo para convencer, especialmente os mais céticos à vacina. Precisa-se de 85% da população vacinada.
As novas regras válidas, a partir do 15 de setembro

De acordo com as novas regras, o número de camas ocupadas nas Unidades de Terapia Intensiva será decisiva. Outro medida é a obrigatoriedade de máscaras FPP2, especialmente para os não vacinados. Há uma preocupação de uma espécie de “raja” na sociedade, entre não vacinados ou vacinados.
O governo já garantiu que não haverá mais lockdowns e pede para que todos se vacinem. Nos hospitais vienenses, 96% das pessoas que se encontram nas Unidades de Terapia Intensiva não são vacinadas.
Obrigatoriedade da vacina?
Não existe aqui na Europa, como no Brasil, uma obrigatoriedade da vacina. Também, até o momento, não se conhecia um vírus tão infeccioso e agressivo. Todas as vacinas sempre foram recomendadas. Mas, o que se viu é que muitos ainda se recusam a vacinar.
O governo austríaco sinaliza uma obrigatoriedade da vacina para setores onde há contato direto com pessoas, como os profissionais da saúde ou da educação.
Resta esperar se essas medidas serão o suficiente ou se seremos surpreendidos pelo vírus, de novo.