Protestos seguem na Europa

Como vem acontecendo, já faz alguns meses, todos os sábados há protestos contra as medidas de contenção da Covid19 e mutações, na Europa. Grã-Bretanha, Alemanha, Áustria, Croácia, Romênia e Sérbia registraram protestos, alguns bastante violentos.

Viena não ficou de fora. De acordo com a polícia local, mais de 100 protestos foram registrados. Todos dissolvidos de acordo com as normas de contenção do vírus da Covid19 que obriga a utilização das máscaras FPP2 e dois metros de distância entre os participantes

O mais complicado foi o que aconteceu no Hauptbahnof – a principal estação de trem de Viena. Aí, aproximadamente mil pessoas se reuniram e marcharam em direção a cidade. Essa manifestação foi organizada através das redes sociais, como movimento rápido e espontâneo, bem como outras manifestações.

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Já faz meses que se registram protestos em Viena. O DricaRibas esteve em um grande protesto, ainda no mês de janeiro. Nesse ponto, o país alpino se encontrava no terceiro lockdown. O que eu observei foram grupos políticos tanto de direita e esquerda, além de várias pessoas, boa parte desempregados, protestando por seu futuro incerto.

Protesto na frente da sede do governo austríaco, no Ballhausplatz, centro de Viena. Foto do DricaRibas feita no 16 de janeiro.

A onda de protestos na Europa se intensifica justamente no momento considerado, o mais grave da Pandemia. A terceira onda de infecções das mutações da Covid19 vem se mostrando devastadora. Só na cidade de Viena, nas últimas semanas houve um aumento considerável do número de infecções. De acordo com o AGES*, Viena tinha no primeiro de fevereiro 246 casos, já para o 16 de março foram computados 876.

Também houve um aumento importante para os casos que necessitam das Unidades de Terapia Intensiva. No dia 17 de janeiro eram 93 pessoas, no dia 15 de março era 134. Esse é um dado crucial para se determinar um possível lockdown, justamente para evitar o colapso do sistema hospitalar.

Outro protesto, no Praterstern, uma estação de trem e metrô importante em Viena. Esse foi do dia 6 de março. Foto DricaRibas

Liberdade para protestar ou quebra das regras de contenção da Covid19?

Esse é o assunto que vem sendo amplamente discutido aqui na Europa. Após um ano de Pandemia e vários lockdowns para conter a propagação do vírus, várias pessoas perderam seus empregos, pequenos e médios negócios fecharam suas portas. Os setores de cultura, esportes e turismo foram os mais atingidos. Afinal de contas todas as atividades que envolvem aglomeração de pessoas são aquelas que o virus se propaga mais rápido.

Muitos sofrem com o impacto econômico, a perda de poder aquisitivo, além dos impactos emocionais colocados pelo isolamento social. Mulheres se veêm obrigadas a fazer o Home Office e o Home Schooling. Crianças e adolescentes sofrem com a falta de contato social.

Se os protestos servem como válvula de escape para as frutações, eles também podem propagar o vírus mais rapidamente, especialmente com as mutações da Covid19.

Um sério dilema para o governos europeus para os próximos tempos, especialmente pela escassez de vacinas.

AGES: Österreichische Agentur für Gesundheit und Ernährungssicherheit, Agência de Medicamentos da Áustria. Corresponde a Anvisa, no Brasil.

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