Desde que começou as primeiras imagens da cidade de Wuhan, na China, com a construção de hospitais e pessoas sendo obrigadas ao confinamento, o Ocidente estranhou.
Os primeiros alertas que esse vírus poderia estar chegando à Europa, foram do mês de Janeiro. Pouco a pouco, as autoridades foram colocando controle, tipo controle de febre para os vôos proveniente da China. Nínguem esperava nada grave, uma espécie de virose de inferno.
Quando o número de casos explodiu na Itália, os governos do centro norte da Europa se viram obrigados a tomarem, as medidas que o governo chinês: confinar a população para evitar a propagação do vírus.
Claro que a decisão não é fácil. Aí vai a combinação entre salvar vidas e tentar salvar a economia. Um enorme desafio. Por outro lado, a crise do Coronavírus abriu uma brecha para políticos oportunistas para abocanhar o poder.
Na Venezuela, o ditador Nicolas Maduro aproveita a propagação do vírus, para manter a população, do jeito que ele gosta: em casa e sem perturbar. A idéia é de proteger população e depois disso, ainda lucrar com o caso, do tipo “Salvador da pátria bolivariana”.
O país caribenho possue um enorme problema de infraestrutura. Imaginem lavar as mãos, nas favelas de Caracas, tipo Petare. Como farão? Hospitais sem insumo, em condição “normais”. Como farão?
No Brasil, Jair Bolsonaro resolveu adotar o discurso de “deve-se trabalhar os mais jovens e manter os mais velhos em casa”. As estáticas mostram um elevado grau de mortos entre as pessoas de 65 anos. Bolsonaro prega que a quarentena é ruim para a economia. Com certeza é ruim, mas pior ainda será quando começar a elevar o número de mortos. Qual será a sensação de ser perguntado por um médico para desligar os aparelhos do seu ente querido?
O cálculo político de Bolsonaro é as eleições de 2022. Ele acredita que, com o uso da Cloroquina, medicamento indicado para a Malária será o suficiente para salvar os brasileiros do Covid-19, a versão mais agressiva do Coronavírus. Embora anda sendo utilizada, em alguns pacientes que se curaram, ainda é muito cedo para isso. É preciso estudos e tempo para afirmar que esse medicamento é a cura para o Coronavírus.
Por outro lado, o próprio Bolsonaro sabe que o sistema público de saúde não funciona. A probalidade de haver um colapso e vários morrerem é alta. O SUS – Sistema Único de Saúde já não funciona bem desde de muitos governos, colocar a culpa no PT, o único que ele sabe falar é uma ótima desculpa eleitoreira.
Aliás nos últimos dias, o próprio Lula compareceu nas redes sociais para criticar o Bolsonaro, uma combinação perfeita para gritaria ideológica.
O fato que o estrago que o Coronavírus deixará é enorme. Infelizmente, as populações menos favorecidas serão as grandes vítimas. Infelizmente.