Era o que meu avô português costumava dizer e, é o que falta no debate público brasileiro.
A fala do Bolsonaro em relação à jornalista Patrícia Campos Mello é nojenta. O DricaRibas repudia e exige que o Presidente peça desculpas públicas. Por mais divergências que se tenha, jamais deve-se ofender.
Aliás, ofender ao outro, por discordar é algo que virou corriqueiro. Vários exemplos vem se repetindo no debate público, assim como na imprensa brasileira. Pode-se divergir, sem ofender. Pode-se ter opinião própria, sem apelar para a baixaria.
Se muitos se assustam com as falas do Presidente, talvez se esqueçam que a mulher no Brasil, sempre foi tratada como lixo. Isso faz parte do nosso cotidiano. Todo repudio é fundamental para reverter essa mentalidade.
Bolsonaro não chegou ao acaso à Presidência. Ele navegou na onda anti-lulismo, que também tinha como marca, partir para as ofensas de toda a natureza, justamente para impedir o debate público.
O bolsonarismo copiou todo o modos operandi do Lulopetismo. Verdade é que se o Lula lá trás tivesse sido, minimamente questionado, não teríamos hoje Bolsonaro na Presidência.
Muitos, que hoje se indignam agora, ficaram calados no passado. Ficaram calados, sejam por grana ou ideologia. E agora, como saímos disso?
Vale lembrar, que os inúmeros problemas que temos só se resolvarão no política onde divergir é normal e respeitar é obrigação.
Para completar este post, a elite política brasileira precisa urgentemente parar de olhar para o seu umbigo e pensar no país. Buscar um senso comum, atender as necessidades básicas dos brasileiros, esses que os elegem.
Hora de colocarmos os oportunistas em devido lugar: a insignificância da história. Xô, machismo!
Adriana Ribeiro-Mayer 