Já faz algumas semanas, que a expressão surgiu na imprensa brasileira e depois disso, observou-se uma série de manobras na Praça dos Três Poderes, para acomodar os desejos de poder, frear a Operação Lava Jato e seguir o teatro dos “ismos” da vida.
Vale lembrar, que Jair Bolsonaro ganhou as eleições sobre o manto da luta contra a corrupção. Chamou Sérgio Moro para ser seu Ministro da Justiça. Deu a entender, no pós-eleição que a luta continuaria. Mas, passado quase seis meses de governo, o que se notou foi uma série de manobras para favorecer seus filhotes. Flávio Bolsonaro, que até agora não explicou o Caso Queiroz e sua possível ligação com as milícias. Aí, veio a freada do COAF – Conselho de Atividades Financeiras, a canetada de mestre, do Presidente do STF, Dias Tofolli. Essa manobra favorece aqueles políticos enrolados com a Justiça, não importa o naipe de “direita” ou “esquerda”.
Sem contar, com a nomeação de Eduardo Bolsonaro para ser Embaixador dos Estados Unidos. Posto importante que demanda um diplomata de carreira e preparado, que seguramente os quadros do Itamaraty possue. Nepotismo puro, que infelizmente é “normal” na política brasileira, quando não deveria.
Mas, vamos voltar para a questão do COAF. Ele foi criado, em 1988, a partir do Acordo de Viena, coordenado pela ONU. O objetivo inicial era de combater a lavagem de dinheiro associada ao tráfigo de drogas. Um mecanismo importante, para detectar qualquer soma de dinheiro, que aparece em contas bancárias, sem as devidas compatibilidade de rendas, ou seja com o salário recebido.
Essa canetada freou várias investigações importantes, contra organizações criminosas, estilo PCC – Primeiro Comando da Capital e até mesmo, as investigações do caso Marielle Franco. Por exemplo, as movimentações financeiras suspeitas do ex-PM Ronie Lessa não podem ser utilizadas como meio de investigação, necessitará de autorização judicial. E aí, cadê a oposição para reclamar?
Se essa freada serviu para ajeitar os probleminhos dos políticos, serviu para frear a vida do nosso país. Arrumação para quem?