Dia desses estava conversando com um amigo e ele me disse que estávamos perdendo a capacidade de fazer política, já que cada grupo ideológico vive no seu mundo e não dialoga. Ele tem razão.
Aqui na Europa, você vê isso claramente. Tudo deve ser “politicamante bonito”. Se faz algum nexo com o mundo real, é outros quinhentos.
No caso, do Brasil, além das bolhas ideológicas, temos um problema velho conhecido nosso, a corrupção, moeda de se fazer política no Brasil.
Nos últimos dias, o Presidente Jair Bolsonaro e o Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia andaram trocando farpas. Tudo por causa da Reforma da Previdência.
Reforma essa que é impopular, já que mexe com os interesses e previlégios de grupos e coorporações. Por outro lado, se essa reforma não passar, o país terá um problema para se bancar financeiramente. Imagine que você estourou o seu orçamento e não tem mais dinheiro para viver. Quando eu escrevo viver, eu me refiro a comida, transporte, roupa e outros. Em ontras palavras, viver custa dinheiro para pessoas, imagine para um país.
Na leitura DricaRibas, o Presidente deveria se engajar mais pela Reforma. Aproveitar de seu canal direto, junto às redes sociais com os seus eleitores e explicar a importância da aprovação da Reforma da Previdência. Não é isso que anda acontecendo. Somente ideologia não resolverão os problemas do nosso país.
Por outro lado, o Presidente da Câmara fala de falta de articulação política. Levando-se em conta, os seus records, foi o próprio Rodrigo Maia que enterrou as 10 Medidas contra a Corrupção. Ele veio do governo passado, e teve seu sogro preso através da Lava Jato, já solto junto com o ex-presidente Temer, assim como Moreira Franco, ex-governador do Rio de Janeiro. Também não colocou o pacote anticrime do Ministro Sérgio Moro para votação, antes da Reforma da Previdência. Ele não sabe que a questão da segurança pública é um pesadelo para os brasileiros?
Articulação política existe é uma atividade normal. Distribuir cargos para aliados do mesmo partido ou partidos com ideologia parecida, não deve ser encarada necessariamente um “toma lá da cá”. Deve-se ter um projeto político em comum, e principalmente, não tomar o orçamento de secretarias ou ministérios para seu uso pessoal. Esse é o principal problema do Brasil.
Também faz parte da articulação política, os parlamentares conversarem com suas bases partidárias, de seus estados, além de um diálogo com os eleitores. Em tempos de internet, governar sem escutar a voz do povo, é suicídio político.
Os próximos tempos prometem ser bem complexos. O que esperamos é que os personagens envolvidos, exerçam seus cargos e comecem a governar o país e resolver suas diferenças ideológicas, na política, e claro, com uma boa articulação política. Sem sombra de dúvidas.