Na sexta-feira assistimos a um verdadeiro show de horrores, na eleição para escolher o presidente do Senado. Entre bate-bocas, a tomada da pasta e até, pasmem, um voto a mais dos presentes!
Tudo passando na frente dos brasileiros, sem o menor pudor. Pode-se tirar várias conclusões desse episódio. Além do celébre “toma lá, da cá” de cargos e verbas. Mas, a parte que mais assusta: a nossa elite política não entendeu o recado que os brasileiros deixaram nas urnas, no último outubro. E o recado simples: querem ter serviços públicos que funcionem.
O Senador Renan Calheiros é um velho conhecido da população. Conseguiu sobreviver ao escândalo com a Mônica Veloso. Em pleno processo de Impeachment contra a ex-presidente Dilma Roussef, fez uma armação com então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para Dilma mantivesse seus direitos polítcos. E agora, para a eleição, abraçou a canditadura de Lula/Haddad para garantir sua continuidade.
A derrota do Renan foi um fato histórico, o que o DricaRibas vê como positivo. Não farei aqui, nenhuma previsão do que será a presidência do Davi Alcolumbre, a frente do Senado. Muitos textos na imprensa acharam “ruim” ter alguém “inexperiente” para o cargo.
Já desde de dezembro, havia muitos textos defendendo Renan para o cargo. Por uma questão ideológica, já que Renan é um aliado do PT, ou por medo de retaliações, por se tratar, ainda, de um político poderoso.
Basta ver, o que ele escreveu sobre a jornalista Dora Kramer, no Twitter, visivelmente contrariado do bom texto, que ela escreveu. O efeito Renan custará a passar. Enquanto isso, haja lavação de roupa suja.
Adriana Ribeiro-Mayer 