Tomei emprestado de um amigo, a revista “The Economist” que tem o seu editorial sobre a campanha presidencial brasileira. Neste texto, a revista fala que eleição do Sr. Bolsonaro constituiria de um desastre para o país.
Mas, a revista esqueceu de analizar a razão que leva o Sr. Bolsonaro em primeiro lugar nas pesquisas: a repulsa ao lulopetismo.
Isso não significa que a análise econômica que a revista faz sobre o Brasil não seja correta. Há muito tempo, que escuto de economistas europeus, a necessidade de fazer reformas estruturais urgentes. Independendo de quem seja eleito, essas reformas terão de ser feitas. Afinal de contas, como pode um país viver unicamente de dinheiro público?
Vale lembrar que parte do desastre que temos nas contas públicas, vem de governos de esquerda. Sem esquecer, a conta incalculável que corrupção deixou nos cofres públicos.
Podemos culpar os estrangeiros por não entender a política brasileira? Não. Até para nós, entender a nossa política é um desafio diário.
Mas, posso dar uma pista para vocês. Dos muitos artigos que leio sobre o Brasil, na imprensa estrangeira, o principal erro é achar que esquerda brasileira é parecida com a esquerda que se tem pela Europa.
Isso me faz lembrar, meu tempo de doutorado na Universidade de Viena, entre 2006 e 2009. Havia acadêmicos europeus de esquerda que viam no Lula, no Brasil ou Hugo Chavez na Venezuela como um modelo de inserção social.
O tempo passou, e a Venezuela se transformou em uma ditadura de esquerda. No Brasil, não se transformou em ditadura, mas, os planos do PT são claros, caso o Sr. Fernando Haddad ganhe as eleições presidenciais.
Vale lembrar, que somos um país distante do hemisfério norte e isso sei, a cada vez que viajo para Brasília.
Adriana Ribeiro-Mayer 