O depoimento da influencer Virginia Fonseca na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets virou um espetáculo midiático, no último dia 13 de Maio, no Congresso Nacional, em Brasília. Ela possui algo com mais de 50 milhões de seguidores e vem sendo acusada por conta de uma cláusula da desgraça, uma espécie de contrato especial que ela possui com as empresas de cassino online, conhecidas como “Bets”.
Esse “contrato” indica que ela ganha uma porcentagem das apostas perdidas pelos seus seguidores, quando eles utilizam o link que a Virginia disponibiliza em suas redes sociais.
A questão das apostas online já virou um problema social para milhares de brasileiros. Com a doce ilusão de ganhar dinheiro “fácil”, muito divulgada pelos influenciadores digitais que mostram suas vidas “perfeitas” em seus perfis nas redes sociais.
Virginia usou esse depoimento para fazer “influência” para ela mesma. Inclusive já tinha uma espécie de “acordo” através de seus advogados para não responder perguntas “complicadas”.
Constrangedor foi ver a atuação dos senhores parlamentares ao bajulá-la e não trazer uma questão simples: Como fazer campanha para empresas que destroem a vida financeira de milhares de brasileiros?
Liberdade de Escolha & Prosperidade Financeira
É verdade também que há a escolha das pessoas por optar se deve ou não utilizar tal serviço. Aqui na Europa existem milhares de casas de apostas e inclusive físicas. Ao mesmo tempo, há o entendimento que as apostas são uma diversão, não um meio de se ganhar “dinheiro”.
O que esse depoimento da influencer Virginia mostrou é um problema estrutural grave na sociedade brasileira. Ao termos uma concentração de renda em apenas pequenas camadas da sociedade privilegiadas e uma grande parte vivendo de forma “rolando dívidas”, a “solução” de apostar em bets vira quase que uma opção viável para melhorar de vida.
Para que serviu esse depoimento da influencer Virginia? Só aumentar a sua base de seguidores nas redes sociais e quem sabe conseguir mais contratos e engordar a sua polpuda conta bancária.