Houve a eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado. Ambos candidatos, chancelados por Lula e Bolsonaro! Se arranjos políticos contam com ambos, na vida real a “noção” direita & esquerda é apenas uma miragem na política brasileira.
Não faço parte deste esquema “ismo/ista”. Aliás, por conta desta dicotomia, não surge no cenário político brasileiro nenhum nome fora deste curto-circuito. E isso se vê claro no X, onde trolls/bots de ambos os lados invernizam qualquer um que tenha uma opinião diferente. Sem contar, assessores de imprensa que acionam seus milhares de perfis eletronicamente para pautar cada dia com um tema a imprensa em uma ação bem organizada. E claro, não esquecendo a censura prévia de tribunais superiores.
Por outro lado, eu não acredito que as agências de fast-check faziam alguma diferença. Ao censurar o “conteúdo” alegando “desinformação” acabava gerando mais ainda desinformação. Isso porque parte destas agências acabando por impor “ordem” de um assunto e não deixá-lo correr livremente nas redes sociais com os usuários.
Aliás, esse é o grande problema de parte do pessoal da esquerda. Muitos ainda acreditam que somente como uma censura prévia – controlar a informação e somente depois passá-la para as pessoas de forma “correta”. Será que todos são idiotas? Alguns sim. E a maioria silenciosa?
Mas, vamos voltar ao X, desde que Musk decidiu apoiar ao Afd – Alternative Fuer Deuschtland, partido da extrema-direita na Alemanha, a quantidade de bots e trolls fez da rede X algo bem complicado.
Eu entendo que para os brasileiros, especialmente a oposição, o X acaba sendo quase a única plataforma que ainda restou. E essa é razão que ainda me leva estar aqui. No demais, em inglês e em alemão é um verdadeiro desastre e com tendência ainda a piorar.
Aliás, a única razão que estou no X é justamente por conta do meu público brasileiro. Sobre a minha “saída”, eu gravei um vídeo no Vida Europa explicando os meus motivos. Clique aqui.
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Adriana Ribeiro-Mayer 