PL do Aborto: Politicagem pura

A política brasileira se transformou em um circo voltado para as redes sociais. Todos os dias, assuntos são colocados para serem “discutidos” nas redes sociais através de jornalistas, muitos desses assessores parlamentares, ou “Influenciadores Digitais”.

Sempre começa com hashtags e quase que instantaneamente, todos são “obrigados” a concordar ou não. Quase contrário, o cancelamento é obrigatório. Não estar de acordo com um grupo significa você ser massacrado, a ponto de perder o emprego, por exemplo.

Esse método faz com que debate político seja massacrado e qualquer tema seja inviabilizado para a discussão com a população. E com essa temática do aborto não é diferente.

PL do Aborto: votos para as eleições municipais

Esse é o caso do Projeto de Lei 1904/24. De acordo com esse PL, o aborto a ser realizado após as 22 semanas de gestação é considerado como “homicídio simples”. Vale lembrar que no Brasil, o aborto é considerado crime e somente previsto em caso de estupro ou com o feto anencéfalo (sem cerébro). Leia aqui a reportagem do Fantástico.

De acordo com o próprio autor do PL, Sóstenes Cavalcante (Partido Liberal-RJ), diz que a PL é uma reação a um pedido do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade ao Supremo Tribunal Federal. O projeto do PSOL prevê a assistolia fetal (interrupção da gravidez com injeções letais que provocam um infarto fulminante). Leia aqui a resolução do Projeto do PSOL no STF.

Como a questão do aborto funciona na Europa?

Sobre esse tema, eu gravei um vídeo para o meu canal no YouTube, o “Vida Europa”. Assistam:

Minha opinião

A questão do aborto é uma questão muito complexa para ser tratada como uma “briguinha” ideológica. Em um país pobre como o Brasil, onde várias mulheres são estupradas por dia, especialmente nas favelas.

Em um país, onde as mulheres são tratadas como mero objeto sexual, através da cultura popularesca, com “cantoras” incentivando as atividades sexuais para os mais jovens, sem nenhuma educação prévia nas escolas, falar sobre aborto há de se considerar esses aspectos. Isso de uma forma clara e sem “puritanismo” barato.

Sou contra o aborto como ato contraceptivo. Existem várias maneiras de se evitar a gravidez e que passa pela educação e medicamentos. Na Europa, países onde o aborto é permitido, as regras são claras, com prazos e sobretudo acompanhamento psicológico.

Mesmo assim, esse assunto é muito complexo que envolve questões religiosas, filosóficas, bem como jurídicas. Se é para termos uma discussão com a sociedade brasileira sobre o aborto, que seja, mas visando o bem-estar das mulheres. Sou contra a PL 1904/24.

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