A violência contra as mulheres no Brasil é um problema grave, independente de ser “esquerda” ou “direita”.
O filho do Presidente Lula, Luis Claúdio Lula da Silva está sendo acusado de violência doméstica pela ex-namorada Natália Schincariol. Ela acusa Luis Cláudio de violência física e psicológica e inclusive, ela pediu medida protetiva através da Lei Maria da Penha. Isso significa que Luís Cláudio não pode se aproximar da ex-namorada.
Eu fui dar uma olhada nos principais sites para conferir as manchetes sobre o caso. Alguns sites decidiram se silenciar. É claro que qualquer denúncia deve ser investigada, não importa quem seja. Claro também que pelo fato de ser o filho do Lula há uma grande repercussão.
Violência contra mulheres, normal no Brasil
No Brasil, os casos de violência contra mulheres é um problema estrutural grave. As mulheres são encaradas como “propriedade” masculinas, a ponto de quando elas querem a separação, muitas podem ser mortas por ex-companheiros.
No caso dos bairros mais pobres, muitas mulheres se vêem obrigadas a casar com os homens por sobrevivência econômica e manter relacionamentos abusivos e agressivos por dinheiro. Muitas delas não possuem uma bom nível de escolaridade que permita, pelo menos arrumar um emprego.
De acordo com o Fórum de Segurança, no Brasil foram 1.437 no ano de 2022. Cem caso a mais foram registrados em 2023. Uma triste estatística que foi intensificada pela Pandemia de Covid 19, especialmente através dos lockdowns.
Precisa-se de medidas para proteger e acolher essas mulheres, assim que elas saem da casa. Um abrigo onde elas possam ficar com os filhos, além da proteção policial. As mais ricas ainda conseguem se organizar melhor, por possuir melhor condição financeira e escolaridade. As pobres acabam virando alvo de seus ex-maridos, até porque as famílias não tem como mantê-las finaceiramente.
Lei Maria da Penha e as falsas acusações
A Lei Maria da Penha foi promulgada em 2006 com o objetivo de proteger as mulheres contra a violência doméstica. Uma lei valiosa em nosso país que sofre de um machismo estrutural onde as mulheres são alvo de violência constante.
O problema é que essa lei tem sido disvirtuada por interesses pessoais ou financeiros. Dois casos muito emblemáticos no Brasil atual, mostram bem isso. O primeiro foi o caso Marcius Melhen. O ex-Diretor de Setor de Humor da Globo foi acusado de abuso sexual por um grupo atrizes.
Depois veio-se a descobrir de que tudo se tratava de uma disputa amorosa e profissional entre os envolvidos. O segundo caso foi o da Apresentadora Ana Hickmann. Sua separação no fim do ano passado foi apresentada como uma agressão física do seu ex-marido, Alexandre Correa.
Logo em seguida começou a aparecer que a história se tratava de um casal que tinha dívidas milionárias. Ao invés de tentar resolver suas pendências na privacidade, Ana e Alexandre optaram pela versão escândalosa. Sendo assim, Ana Hickmann optou por usar a lei “Maria da Penha” para resolver a sua separação. Não havia um outra forma de resolver essa separação?O mesmo se aplica ao caso Melhem: não era melhor uma série de conversas?
Não existe o machismo do mal ou do bem
O grande problema é que mulheres ricas usam a lei “Maria da Penha” para resolver sua separação de forma rápida. E as pobres? Muitas vezes, elas fazem a denúncia na delegacia e sem opção, voltam para casa e acaba por apanhar mais ou até mesmo serem mortas.
As falsas denúncias também abre um precedente perigoso, já que muitos casos, finalmente pode não ser verdade e aquelas mulheres, as que realmente precisa, podem acabar como presas fáceis para seus ex-maridos.
Ainda teremos que esperar as investigações sobre o caso do filho do Lula. Presidente em si, ele não culpa. O grande problema aí é a militância do PT que sempre pregou que a “violência contra as mulheres” é só com o pessoal da direita, só com os bolsonaristas, o que não é verdade. A violência contra as mulheres é um problema estrutural, grave e atinge, sobretudo, as mais pobres.
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