Com esse texto, eu vou estar iniciando a seção “Diário Brasil”. Aqui eu estarei comentando algum assunto relacionado com o Brasil. Nesse texto, eu comento sobre a semana de esqui da minha filha e as angústias de uma mãe brasileira. Temos tendência a sermos mais “protetoras” que as mães europeias. Escutei isso de uma professora, aqui em Viena. Leiam o texto:

Na semana passada, a minha filha foi para a semana de esqui com a escola. Foi a primeira vez que fiquei sem ela, desde do seu nascimento.
A foto ao lado foi a minha filha que tirou do seu celular. Nassfeld na Caríntia, estado do sul da Áustria.
É uma sensação muito estranha, algo como voltar no tempo, onde o apartamento fica organizado e bem silencioso. Antes de ter filhos!
Aqui na Áustria há essa tradição nas escolas. Enquanto no Brasil, o futebol é o esporte, aqui o esporte é o esqui. Sobre o inverno na Europa, mais específicamente na Áustria, onde eu vivo, eu tenho uma playlist no meu canal. Clique aqui.
No Brasil, quase todos os meninos jogam futebol na rua onde vivem, na escola ou em clubes. É um esporte super fácil, que não demanda muitos equipamentos. Basta uma bola de futebol e chuteiras, o que também pode ser um par de tênis usado.
Aqui na Áustria, os esportes de inverno, especialmente os esquis. Maridão vem de um pequeno vilarejo na fronteira da Áustria com a Suiça. Ele começou a fazer esqui com 5 anos. Seguramente é um esporte normal nos alpes. Mesmo que se precise de equipamentos, como os esquis, capacetes e roupas.
Parte desses equipamentos, podem-se ser adquiridos em lojas de segunda mão, especialmente para crianças, o que faço e recomendo. Afinal de contas, crianças e adolescentes crescem muito rápido e essa é uma solução super viável. Depois, se a roupa e o equipamento estiverem em um bom estado, esses podem ser revendidos.
Problemas com os colegas de sala
Pelo esqui, eu não estava preocupada. Minha filha esquia muito bem e aprendeu com o maridão. Ela aprendeu com o pai, aos 7 anos de idade e desde de então, a cada inverno, eles sempre esquiam juntos.
A minha grande preocupação era sobre a situação dos colegas de sala de aula da minha filha. Crianças brigam e quando entram na adolescência, as brigam se intensificam.
Nesse momento, há um conflito entre a minha filha e um colega que possue um tipo de autismo. Foram várias reclamações até chegarmos a conclusão que o garotinho é apaixonado pela minha filha.
O que eu penso? Acontece. Mesmo assim, eu conversei muito com ela para evitar alguma situação antes da viagem. A minha grande preocupação era surgir alguma situação de briga e eu tivesse que sair de Viena para buscar a minha filha, em Nassfeld, na Caríntia, estado fica no sul do Áustria, fronteira com a Itália.
Isso significaria sair de carro de Viena e viajar cinco horas! Claro que eu teria que pernoitar e voltar no dia seguinte. Eu estava realmente preocupada!
Mas, finalmente, a viagem correu muito bem. A minha filha gostou muito e esquiou bastante.
Houveram algumas brigas entre as crianças, mas elas conseguiram se resolver sozinhas. O que eu acho que deve ser assim.
Para mim, como mãe, foi um momento em que devo entender e aceitar, o fato que ela está crescendo e enxergá-la como uma adolescente, não mais como criança.