Existem casos de feminícios na Áustria e eles têm aumentado nos últimos tempos. No ano de 2014 foram 19 casos. No ano de 2022 foram 39. Para ver os números, basta clicar aqui.
Só para o ano de 2024 foram 7 casos. Maioria desses casos estão relacionados com ex-maridos ou ex-companheiros que não aceitam a separação. Parte deles acabam se suicidando após matarem as mulheres.
Especialistas apontam que esse aumento do números de casos no país alpino está relacionado a falta de políticas de prevenção. Associações para os direitos feministas na Áustr exigem mais proteção e sobretudo apoio para mulheres que saem de casa, com os filhos. Abrigos para receber as mulheres ameaçadas por seus ex-maridos e proteção policial.
Estrangeiras mortas em bordel
Um caso que chamou muito atenção foi o assassinato de “trabalhadoras do sexo” em um bordel em Viena, no 20º Distrito. Um refugiado afegão invadiu o bordel e matou as três mulheres chinesas que se encontravam aí, com uma faca. Pessoas que passavam no local, no momento do crime, chamou a polícia.
Os bordéis são permitidos em Viena. São 312 bordéis com2.658 trabalhadoras do sexo registradas. Na Áustria são no total 5.279 trabalhadoras registradas. Para acessar o texto original em alemão, clique aqui.
Esse caso chama atenção e me fez refletir sobre dois pontos. O primeiro é sobre como essas mulheres chegaram na Europa, e na Áustria. Qual é a sua situação de vida?
O segundo ponto está relacionado sobre o refugiado afegão. É de conhecimento como no Afeganistão as mulheres são tratadas! Vejam a minha reflexão no vídeo abaixo. Um corte da live que eu fiz sobre a “Situação das Mulheres Brasileiras na Europa”:
E a situação no Brasil?
Para concluir esse post, eu não podia deixar de escrever algumas linhas sobre a situação no Brasil. Eu fiz uma pesquisa e encontrei o número de 2694 casos, segundo levantamento realizado pelo Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB),no ano passado.
O número é maior pelo Brasil ter uma população bem maior que na Áustria. Mas, isso também é uma indicação que as mulheres estão expostas as situações de violência doméstica. Muitas mulheres obrigadas a estarem em relacionamentos abusivos por dinheiro e não terem para onde ir, após a separação. Em muitos casos, as famílias acabam por não apoiar.
Uma situação grave que merece reflexão e sobretudo uma política de igualdade de chances para mulheres para não dependerem financeiramente dos homens.
Adriana Ribeiro-Mayer 