Guerra na Ucrânia: Rússia Instável

Ontem, sábado 24 de junho, o mundo observou atônito a tentativa de golpe em Moscou. O chefe do exército de mercenários “Wagner”, Jewgeni Prigoschin colocou os seus homens em direção a Moscou para retirar Wladimir Putin do poder. Clique aqui para você conhecer a história do exército “Wagner”. Link em inglês.

Já fazia alguns meses que Prigoschin reclamava da falta de apoio e criticava o Ministro da Defesa, Sergei Shoigu. A grande reclamação era sobretudo a falta de munição para seguir atacando a Ucrânia.

O que não se esperava é que o próprio exército Wagner se voltasse contra a Rússia e que em questão de horas, eles chegariam tão perto de Moscou e sem nenhuma resistência. Prigoschin divulgou em suas redes sociais que havia desistido do “golpe” após uma conversa com Aleksandr Lukashenko, Presidente da Bielorússia. Ele é uma espécie de linha auxiliar de Putin.

Muitos analistas afirmaram que a suposta negociação com Lukashenko foi para salvar a própria pele. Nesse momento em que eu escrevo este post, a imprensa austríaca fala de uma suposta ofensiva saindo de Minsk para atacar Kiew, capital da Ucrânia. A distância entre ambas cidades chega a 500 quilômetros.

Logo após essa tentativa de “golpe”, Prigoschin foi para Bielorússia e nem ele ou qualquer soldado do seu exército será preso ou sofrerá qualquer tipo de punição na Rússia. Também não se sabe qual tipo de acordo foi selado.

O que significa essa situação para Europa?

Se a “Guerra na Ucrânia” já era um grande problema para Europa, uma Rússia instável é algo totalmente imprevisível. A grande pergunta que paira no ar é quanto tempo mais Putin seguirá como Presidente.

Essa tentativa de “golpe” expôs a fragilidade de Putin, especialmente para o seu exército. Outra grande pergunta é sobre o suposto sucessor de Putin. Com um arsenal poderoso nuclear, o suposto sucessor não deveria ser um chefe de exército de mercenários, disposto a qualquer coisa para permanecer no poder.

Vários países europeus, incluindo a Áustria ativou o seu Conselho de Segurança. Com uma Rússia instável, há de se preparar para possíveis situações, inclusive de guerra.

O fato é que Rússia é um país que não conhece a democracia. O país saiu de uma monarquia absolutista em 1917 para um regime autoritário comunista. Isso durou até 1991 com a extinção da União Soviética para o país Rússia que hoje conhecemos.

Wladimir Putin está no poder desde 1999. Antigo agente da KGB que inclusive viveu na antiga Alemanha Oriental. Putin consolidou seu poder através dos oligarcas russos, muito deles ex-agentes da KGB também.

Informação e Contrainformação

Uma das coisas mais difíceis de saber é sobre a real situação da “Guerra na Ucrânia” e agora da Rússia. A imprensa alemã e austríaca possui correspondentes aí e eles estão quase na linha de frente da guerra. Ambos países também mantém correspondentes em Moscou, mesmo com leis rigorosas para os jornalistas.

No Brasil o que chega entra na regra “ista” e é manipulado. Mesmo que essa guerra esteja longe do país, ela traz consequências econômicas importantes. Até porque, o tabuleiro geopolítico ainda está bem longe de se estabilizar. E quem sabe mesmo, com essa situação na Rússia, ainda piore.

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