No 1º de janeiro de 2002 começou a circular o Euro, a moeda da União Européia. No começo havia muita desconfiança. Os austríacos não queriam se liberar do Schilling e os alemães do Deustch Mark.
Mas, o que foi uma desconfiança enorme, acabou se transformando no símbolo de integração para os países membros da União Européia. É a moeda para mais de 340 milhões de cidadões, em 19 países.
Facilitou o comércio entre os países membros. Permitiu que os europeus possam viajar sem trocar dinheiro, o que impulsionou o turismo no bloco, especialmente entre os países vizinhos, além do clássico sul e norte da Europa.
Um exemplo disso é entre a Áustria e a Alemanha, onde milhares de turistas alemães descem em massa. Seja no inverno para fazer esqui ou no verão para os lagos. Também há um forte intercâmbio cultural e comercial entre Viena e outras cidades na Alemanha.
Também há uma onda de turismo entre o sul e o norte da Europa, no verão. Esse turismo interno foi facilitado com a moeda comum. Claro, que em tempos de Covid19 há as restrições de viagens entre os países membros e essas restrições mudam o tempo todo, dependendo da situação epidemológica do momento.
A crise de 2010
Mesmo com os pontos positivos, o euro teve a sua maior crise em 2010. Na verdade, a crise do Euro começou com a crise econômica de 2008 nos Estados Unidos. Essa crise começou devido a uma bolha imobiliária que teve como consequência, um aumento nos valores dos imóveis que não acompanhou o aumento da renda da população.
Dois anos mais tarde, a crise chegou na Europa e atingiu em cheio os países do sul do continente, como Portugal, Espanha e a Grécia. O começo dessa crise foi com os rumores de que dívida pública da Grécia não era pagável, o que mais tarde se concretizou.
Também mostrou as diferentes mentalidades políticas entre o norte da Europa, acostumado com a responsabilidade fiscal e sul, com a mentalidade de se gastar, sem preocupação. Isso resultou na desvalorização do euro.
Foi lançado um programa de recuperação que se chamou de Troika. Esse programa consistiu em ajuda financeira do FMI, o Fundo Monetário Internacional, do Banco Central da Europa e da Comissão Européia.
Em 2012, depois de um ajuste bem sucedido, especialmente com reformas estruturais no países afetados, o Euro conseguiu se estabilizar, mesmo que essa estabilização tenha aberto feridas entre o sul e o norte da Europa.
Agora a pergunta é como será que o euro vai sair da crise da Covid19. A Comissão Européia teve que distribuir subsísdios para os países membros, o “Coronabonds” para ajudar os países membros para conter a crise, especialmente após lockdowns.
Observação1: Troika foi a cooperação entre o FMI – Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Européia.
Observação2: Para que um país membro possa aderir o Euro como moeda, há de cumprir obrigações e estar apto, especialmente com as responsabilidades fiscais. Há países que preferem seguir com as suas moedas, como a República Tcheca e a Polônia.
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